O Serviço Federal de Habitação e Urbanismo (Serfhau) e a reconfiguração do campo profissional do urbanista. FELDMAN, S. O Serviço Federal de Habitação e Urbanismo (Serfhau) e a reconfiguração do campo profissional do urbanista. In: LEME, M.C. (Org.). Urbanismo e política no Brasil dos anos 1960. São Paulo: Annablume, 2019, p. 99-128. Resumo O SERFHAU é abordado como parte do processo de construção da associação entre habitação e urbanismo, que se sustenta na interpretação do problema da moradia como inerente ao padrão de urbanização. Esta formulação subsistiu inconteste às oscilações da conjuntura política que marcaram de forma profunda o século XX no Brasil: o governo provisório de Getúlio Vargas em 1930 e a ditadura durante o Estado Novo (1937-1945); o período democrático de 1946 a 1964, e a ditadura civil-militar até 1985. Na perspectiva das instituições como parte o jogo social, como espaços de embates, o estudo do repertório construído no âmbito de uma “trama latino-americana”, nos cerca de vinte anos de democracia; das formas pelas quais se acomodou e/ou se transformou entre 1964 e 1975; da persistente participação de gerações de urbanistas, revela-se a reconfiguração do campo de atuação profissional do urbanista. Subproduto do divórcio entre habitação e urbanismo, a partir d criação do BNH, as mudanças efetivadas na formação e atuação dos urbanistas expõem embates entre diferentes concepções e interesses que estão no cerne da criação do SERFHAU. PALAVRAS – CHAVE: Serfhau, BNH, OEA, Francis Violich, Rubens Mattos Pereira, Harry James Cole, Engenharia consultiva, Coppe. O texto é fruto de pesquisas desenvolvidas com financiamento do CNPq: Bolsa Produtividade, Edital Universal, Edital Ciências Sociais.