Entre o regional e o metropolitano: pensamento urbanístico e metrópole no Brasil na década de 1950.

 

FELDMAN, S. Entre o regional e o metropolitano: pensamento urbanístico e metrópole no Brasil na década de 1950. Revista USP, p. 13-22, 2014.

Acesso artigo

Resumo

Na década de 1950   as metrópoles entram na pauta do pensamento urbanístico no Brasil. Duas abordagens formuladas num momento de crença no planejamento e nas possibilidades do planejamento como atribuição do Estado são analisadas.  A primeira, que interpreta a metrópole concentrada como produto e motor das desigualdades regionais, como questão a ser enfrentada na escala regional. A segunda, que propõe a escala de planejamento metropolitano e estratégias de intervenção a partir das condições de subdesenvolvimento dos grandes centros latino-americanos. A análise é desenvolvida a partir das instituições onde são formuladas e do processo de construção de ideias e práticas que se inicia na década de 1930 para se adequar ao acelerado processo de urbanização e industrialização.

O texto é fruto de pesquisas desenvolvidas com financiamento do CNPq: Bolsa Produtividade, Edital Universal, Edital Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas.

Palavras-chave

Metrópole, Brasil, América Latina, planejamento regional, planejamento metropolitano.

 

Do Primer Congreso Panamericano de la Vivienda Popular (1939) ao Seminário de Habitação e Reforma Urbana (1963): Planejamento e Habitação na perspectiva da Metrópole Latino-Americana

FELDMAN, S. Do Primer Congreso Panamericano de la Vivienda Popular (1939) ao Seminário de Habitação e Reforma Urbana(1963): Planejamento e Habitação na perspectiva da Metrópole Latino-Americana. Urbana – Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos da Cidade, 129-143, 2014.

Resumo

Entre o final da década de 1930 e o início da década de 1960 ocorre um processo de redefinição da habitação enquanto questão urbanística no Brasil. Do ponto de vista da história do pensamento urbanístico, são superadas as concepções higienistas que desde o final do século XIX se mantinham como a formulação mais acabada de uma proposta de transformação da cidade, onde a moradia – das chamadas classes pobres ou “perigosas” – assumiu papel central. Entre o Primer Congreso Panamericano de la Vivenda Popular, em Buenos Aires(1939) e  o Seminário de Técnicos y Funcionários en Planeamiento Urbano organizado  pelo Centro Interamericano de Vivienda y Planeamiento-CINVA em Bogotá (1958),   emerge uma visão de planejamento que incorpora a habitação como um direito, a política como intrínseca ao processo de planejamento,  o controle da especulação da terra urbana e o planejamento na escala metropolitana. Estes princípios profundamente enraizados nos problemas enfrentados pelo acelerado crescimento dos grandes centros da América Latina, expressos na Carta de los Andes, estarão nas décadas seguintes no centro do ideário urbanístico no Brasil. Sua primeira formalização ocorre no Seminário de Habitação e Reforma Urbana (1963), no âmbito de movimentos sociais que reivindicavam as “reformas de base” no governo de Jango Goulart (1961-1964).

 Palavras-chave: planejamento, habitação, Carta de los Andes, Seminário de Habitação e Reforma Urbana, metrópole latino-americana.

O texto é fruto de pesquisas desenvolvidas com financiamento do CNPq: Bolsa Produtividade, Edital Universal, Edital Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas

Os bairros-jardim em São Paulo: tombamento, zoneamento e valores urbanos.

 

FELDMAN, S. Os bairros-jardim em São Paulo. Tombamento, zoneamento e valores urbanos. REVISTA CPC (USP), v. 13, p. 94-115, 2019.

Resumo

Os bairros Jardim América, Jardim Europa, Jardim Paulista e Jardim Paulistano formam o primeiro conjunto urbano tombado na cidade de São Paulo pelo CONDEPHAAT -Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo. O texto   discute   o tombamento dos jardins a partir de três eixos. O primeiro aborda o papel do zoneamento na proteção dos bairros jardins e a convergência entre   a concepção do instrumento   e   os interesses da Cia City: garantir a exclusividade do uso residencial unifamiliar e a valorização da propriedade. O segundo discute a dicotomia entre valores e significados urbanos do patrimônio cultural e do zoneamento. Por fim, são apontados desafios   de inclusão do patrimônio cultural no campo mais abrangente dos valores urbanos, como caminho para reconhecer as práticas sociais como indissociáveis da base material na dimensão urbana.

Palavras-chave: Bairros jardins, Tombamento, Zoneamento, Valores urbanos

O texto é fruto de pesquisas desenvolvidas com financiamento do CNPq: Bolsa Produtividade, Edital Universal, Edital Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas e da minha experiência como Conselheira do Condephaat.

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