Constituição de 1988 e Política Urbana no Brasil: recuperando um percurso de construção de ideias e práticas.

 

FELDMAN, S. Constituição de 1988 e Política Urbana no Brasil: recuperando um percurso de construção de ideias e práticas. In:  GOULART, J. (Org.). As múltiplas faces da Constituição cidadã. São Paulo: Cultura Acadêmica, p. 01-18, 2009.

Resumo

O texto situa as conquistas no campo da política urbana, a partir da Constituição de 1988, como parte de um longo embate entre a persistente atuação de urbanistas e os persistentes obstáculos que a sociedade e a política brasileiras colocam no caminho para o efetivo planejamento. Delineia o percurso de construção dos ideários, das práticas, das conquistas e dos limites, que envolveu várias gerações de urbanistas, dos anos 1930 até o presente, e aponta os avanços recentes e os novos desafios.

PALAVRAS – CHAVE: Constituição de 1988, Planejamento urbano, Planejamento regional, Brasil, Estatuto da Cidade, Ministério da Cidade.

O texto é fruto de pesquisas desenvolvidas com financiamento do CNPq: Bolsa Produtividade, Edital Universal, Edital Ciências Sociais

Bom Retiro. Bairro de estrangeiros, bairro central (1928-1945).

FELDMAN, S. Bom Retiro. Bairro de estrangeiros, bairro central ( 1928-1945). In: Lanna, A.L.D.; Lira, J.T.; Peixoto, F. A.; Sampaio, M.R.A. (Org.). São Paulo. Os estrangeiros e a construção das cidades. São Paulo: Alameda Editorial, 2011, p. 39-62.

Resumo

O texto aborda as singularidades do Bom Retiro, como bairro ocupado desde o final do século XIX por sucessivos grupos de estrangeiros, onde a identidade étnica seletiva   ocorre em função do universo de trabalho que se constrói em seu território.  De 1929 a 1945, o bairro se especializa e se consolida como um centro de indústria e comércio de roupas feitas, e nesse processo os judeus são protagonistas. Embora negócios por conta própria dos mais variados ramos estivessem massivamente presentes no bairro, e estabelecimentos de confecção de judeus estivessem em outros bairros da cidade, ocorre no Bom Retiro um processo singular e diferenciado. A organização da base material compreendendo todos os elementos da cadeia de produção e vendas, num território delimitado e fortemente concentrado em um grupo de estrangeiros   – é o que lhe confere uma identidade. A completude da cadeia de indústria e comércio de confecções instalada permite que esta identidade seletiva seja, também, mutante. É ela que permite que o bairro passe, algumas décadas mais tarde, de bairro “dos judeus“ou “dos israelitas”, a ser identificado  como  bairro “dos coreanos”, independente destes grupos constituírem ou não o maior contingente de sua população.

PALAVRAS – CHAVE: Bom Retiro, Bairro central, Confecções, Pequenos negócios, Estrangeiros

O texto e o livro são fruto do Projeto Temático FAPESP: São Paulo. os estrangeiros e a construção da cidade – Coordenado pela Profa. Ana Lucia Duarte Lanna, que reuniu pesquisadores da FAUUSP; IAUUSP, FFLCH-USP, Museu Paulista-USP, 2007-2011.

Urbanismo no governo da cidade: os escritos e a atuação de Anhaia Mello.

FELDMAN, S. Urbanismo no governo da cidade: os escritos e a atuação de Anhaia Mello. In: SIMÕES JR., J.G.; ANGOTTI-SALGUEIRO, H. (Org.). Luiz de Anhaia Mello: um pioneiro do urbanismo paulistano. São Paulo: Editora Mackenzie, p. 225-262, 2020.

Resumo

Ao longo de cerca de 30 anos, Anhaia Mello defendeu o urbanismo como uma reunião de conhecimentos de diferentes disciplinas que, para sua realização, dependia não só de um órgão de exclusiva atuação de profissionais especializados na administração pública, mas também de instâncias com representação da sociedade para garantir a distância da política e a continuidade do plano. Na abordagem destas questões se desenha um dos fios condutores de sua trajetória profissional – as relações entre o urbanismo e o governo da cidade.

O texto tem como foco três faces deste seu percurso entre o final dos anos 1920 e início dos anos 1960 : Anhaia Mello, técnico e politico,  que evidencia  a porosidade entre técnica e política  em sua atuação; Anhaia Mello, propagandista,  onde se  delineia a “communidade” com  a qual dialogou – o Instituto de Engenharia, no Rotary Club e na Sociedade Amigos da Cidade; Anhaia Mello, urbanista e planejador, onde no embate pela autonomia do urbanismo , assume, de forma plena, o lugar do profissional com  perfil generalista, compatível com o papel coordenador e o caráter multidisciplinar  do urbanismo e do  planejamento que defendia.

PALAVRAS – CHAVE: Anhaia Mello, Urbanismo, Governo da cidade, Instituto de Engenharia, Rotary Club, Sociedade Amigos da cidade

O texto é fruto de pesquisas desenvolvidas com financiamento do CNPq: Bolsa Produtividade, Edital Universal, Edital Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas.