São Paulo na década de 1950. O tecido complexo da metrópole coesa.

FELDMAN, S. São Paulo na década de 1950. O tecido complexo da metrópole coesa. In: LANNA, A. L. D.; SOUCHAUD, S.; CYMBALISTA, R. (Org.). Transições Metropolitanas e centralidades nas cidades brasileiras no breve século XX. São Paulo,França: Editora Annablumme, IRD Éditions, p. 19-56, 2019.

Resumo

O texto aborda a década de 1950 como momento crucial da metropolização como processo que se dissemina no território. Ao reinterpretar estudos e pesquisas desenvolvidos entre os anos 1940 e 1960, São Paulo se revela como uma cidade  onde   a precariedade das condições da vida urbana não  restrita às periferias;  as moradias de alto padrão estão presentes muito além dos bairros jardins,  a s    centralidades  se organizam como parte da expansão  das linhas de ônibus; e o território do centro e bairros centrais se consolida como uma centralidade metropolitana. Esses processos permitem discutir os limites da dualidade centro-periferia como matriz analítica e interpretativa do processo de metropolização e a coincidência de distância espacial e distância social que, de modo geral, vem sendo admitida como padrão exclusivo de segregação em São Paulo ao longo do século XX. Ao mesmo tempo em que, dessa abordagem dual, resultaram estudos que colocaram luz nos processos e agentes envolvidos na produção das periferias, foi ofuscada a complexidade da ordem espacial da metrópole.

PALAVRAS – CHAVE: São Paulo, década de 1950, metropolização disseminada, periferias, centralidade metropolitana, centro, bairros centrais, Santa Ifigênia.

Convenio USP-Université Paris Diderot: Trame-Transition métropolitaine et transformations de la société brésilienne au 20e siècle. Projet de Cooperation PICS -Université Paris Diderot Coordenação Sylvain Souchad, 2015-2017.

Um ciclo de institucionalização do urbanismo no Brasil.

FELDMAN, S. Um ciclo de institucionalização do urbanismo no Brasil. In: FELDMAN, S. (Org.). Instituições de urbanismo no Brasil, 1930-1979. 01ed. São Paulo: Annablume, p. 11-76, 2021.

Acesso capítulo

Resumo

Em 1930 se iniciou a inserção dos urbanistas no processo de renovação geracional de uma elite burocrática, no âmbito da modernização da administração pública empreendida por Getúlio Vargas. Em 1979 foi criado o Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano-CNDU, com a função de propor uma política nacional de desenvolvimento urbano, no processo de reforma administrativa que se iniciou em 1967, durante o regime militar.

Ao longo dessas cinco décadas, marcadas por   mudanças contundentes do quadro jurídico-institucional, foram criadas instituições   de formatos os mais diversos no Brasil. Os arranjos institucionais passaram por alterações dos agentes nacionais, internacionais, dos entes federativos, da autonomia de tomadas de decisão, das escalas de planejamento privilegiadas, e algumas instituições foram extintas em intervalos de tempo muito pequenos.

O texto aborda esse processo não linear e aparentemente descontínuo como um ciclo de institucionalização do urbanismo no Brasil, em estreita sintonia com as dinâmicas do padrão de urbanização crescentemente concentrado em metrópoles conurbadas e coesas e, ao mesmo tempo, generalizado no território nacional.

PALAVRAS-CHAVE: Instituições, Urbanismo, Brasil, América Latina, Organização dos Estados Americanos Point Four Program, CNDU

O texto é fruto de pesquisas desenvolvidas com financiamento do CNPq: Bolsa Produtividade, Edital Universal, Edital Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas